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Arquitetos: Lankry architectes
- Área: 895 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Julien Lanoo
De requalificação cultural a identificação urbana
Implantado no distrito de Joinville, na avenida General Gallieni, a Escola Municipal de Dança de Joinville-le-Pont é uma resposta ao foco cultural da cidade.
A rua escolhida é muito movimentada; seu tráfego é intenso, ruidoso, mas as condições de vida vibrante trazem uma crescente centralidade à ela. A escola de dança é implantada em uma paisagem urbana heterogênea que vai desde blocos de apartamentos, mais ou menos recentes, a pavilhões bem conservados.
Afastado dos limites do terreno, o projeto rompe a fachada da rua construída ao longo da avenida para ampliar o espaço público e chegar a um pátio. Isto justifica o acesso às instalações, que marca uma ruptura na cadeia contínua de lojas no térreo.
Estrutura, espaço e movimento.
O terreno, estreito e profundo, se encerra entre um edifício de apartamentos de 4 pavimentos ao leste e um pequeno supermercado a oeste. Esta geometria influencia na inserção de um volume simples, necessariamente individual, cujo objetivo foi liberar o maior espaço possível para receber grandes estúdios de danças.
A estrutura consiste de muros laterais de concreto colocados nos limites do terreno que suportam as placas do piso com luz natural e uma vista panorâmica sobre o horizonte.
Ao dividir estritamente o programa entre a circulação no lado da avenida, espaços funcionais e as áreas ajardinadas no interior, a escola, por um lado, otimiza o fluxo e a circulação e as orientações solares.
Portanto, os estúdios de dança se beneficiam de uma iluminação natural ótima desde o norte, enquanto as circulações verticais com vistas para a avenida Gallieni recebem luz do sul que projeta sombras longas.
Marco Arquitetônico
Os interiores minimalistas e as matérias primas, como concreto envernizado e metal, contrastam com a precisão da cobertura exterior do edifício. Esta consiste em um balanço de metal perfurado formando um padrão de diamante regular, a envolvente está desenhada como um delicado encaixe, trabalho de um ourives; que funciona como um muxarabi que filtra a luz sem alterar as vistas.
A Escola de Dança é significativa pela sua diferença com seu contexto mineral e os edifícios suburbanos.
Ela se insere como um objeto incomum, capaz de suscitar a perplexidade e a curiosidade dos transeuntes. Seu desenho é mais próximo ao desenho urbano de maneira que sua forma simples se parece a uma escultura minimalista monumental. A identidade do edifício traz curiosidade.